A SITUAÇÃO DA AQUICULTURA
O desenvolvimento econômico do país, associado às mudanças no hábito alimentar da população têm sido responsáveis pela crescente demanda por peixes no Brasil e no mundo. A aquicultura continua a crescer mais rapidamente que todos os outros setores da produção animal. Atualmente, a produção mundial de pescado está em torno de 140 milhões de toneladas, porém ainda existe uma demanda adicional de consumo de peixe. Esse fato somado à disponibilidade de recursos hídricos, ao clima extremamente favorável e à facilidade para contratação de trabalhadores colocam o Brasil em posição de destaque, apresentando grande potencial para suprir essa demanda. Pesquisas na área de reprodução, nutrição, genética e produção estão sendo realizadas a fim de melhor explorar os recursos naturais disponíveis, contribuindo para o desenvolvimento de novas tecnologias para o setor aqüícola brasileiro.
Introdução
O consumo de peixes vem aumentando nas últimas quatro décadas, tanto pela maior demanda quanto pelas mudanças no hábito alimentar da população, que vem, cada vez mais, buscando produtos com perfil nutricional adequado. A carne de pescado é muito nutritiva, sendo rica em proteínas, aminoácidos, vitaminas e minerais. É um alimento de baixa gordura além de possuir elevados teores de ômega-3, trazendo benefícios à saúde humana (Bruschi 2001). O consumo global per capita em 1961 era de 9 kg por habitante, passando a 16,5 kg em 2003. Nos países industrializados, o consumo de pescados aumentou de 13 milhões de toneladas em 1961 para 27 milhões em 2003, com um aumento no consumo per capita de 20 para 29,7 kg (FAO, 2007). A distribuição heterogênea no consumo de peixes no mundo é marcante. As diferenças ocorrem entre continentes, países ou mesmo entre regiões, sendo que o consumo per capita pode variar de menos de 1kg a mais de 100kg dependendo do costume, disponibilidade e acesso do mercado consumidor ao produto.
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