A sexualidade em ponty
Posto que, baseando-se no desenvolvimento histórico da humanidade, até o século IXX, a Sexualidade possuía um papel meramente orgânico e reprodutivo. Ainda, no século vigente, algumas correntes naturalistas, (Biologia, Física e Psicologia), têm pelo ato sexual, concepções estritamente funcionais, remetidas à causalidade, cuja questão será discutida em O olho e o Espírito, obra em que Ponty irá propor que a ciência assume uma relação de exterioridade em relação ao corpo, manipulando as coisas, sem necessariamente, habitá-las.
Apenas no século seguinte com o surgimento da Psicologia Freudiana, e sua obra “ Interpretação dos Sonhos”(1905), o ser humano racional adquire uma nova dimensão, isto é, o corpo concebido como objeto, agora é “Afetividade”.
Segundo Freud, todo ato humano possui uma multiplicidade de significados, ou seja, conforme ressalta Ponty,
“[...] No próprio Freud, o sexual não é o genital, a vida sexual não é um simples efeito de processos dos quais os órgãos genitais são o lugar, a libido não é um instinto, quer dizer, uma atividade naturalmente orientada a fins determinados, ela é o poder que o sujeito psicofísico tem de aderir a diferentes ambientes, de fixar-se por diferentes experiências, e adquirir estruturas de conduta. É a sexualidade que faz com que o homem tenha uma história. Se a história sexual de um homem oferece a chave de sua vida, é porque na sexualidade do homem projeta-se sua maneira de ser a respeito do mundo, quer dizer, a respeito do tempo e a respeito dos outros homens. [...]”.
Nesse sentido, percebe-se que há uma relação estreita entre Fenomenologia e Psicanálise , pois
“[...] em Freud seria um erro acreditar que a