A semana de arte moderna

1 Introdução
A semana de Arte Moderna, também conhecida como “Semana de 22”, ocorreu em São Paulo no ano de 1922, entre os dias 11 e 17 de fevereiro. Tendo como principal objetivo trazer para o cenário nacional as novas tendências artísticas que já vigoravam na Europa. A semana de Arte Moderna se tornou um marco na história por ter caracterizado o início do modernismo no Brasil e mudado todos os conceitos já existentes, não só de arte, mas também como o modo de ver e de escrever sobre o país. A elite paulista não foi favorável à esse movimento, pois sofria uma grande influência das formas estéticas mais conservadoras da Europa.
1.1 Idealizadores e participantes
O pintor Di Cavalcanti foi o idealizador desse evento artístico e cultural tendo o apoio do governador de São Paulo na época, Washington Luís, e como um dos organizadores, teve o intelectual Rubens Borba de Moraes. Nomes consagrados do modernismo brasileiro como Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Victor Brecheret, Plínio Salgado, Menotti Del Pichia, Guilherme de Almeida, Sérgio Milliet, Heitor Villa-Lobos, Tácito de Almeida, Anita Malfatti, entre outros, foram participantes do movimento. Tarsila do Amaral que era considerada um dos principais nomes do modernismo brasileiro, na ocasião estava em Paris e por isso não participou do evento.
1.2 Contextos Históricos
Nessa mesma época em que acontecia a Semana de Arte Moderna em São Paulo, o país passava por uma fase bem turbulenta em relação à política, economia, sociedade e cultura. Ali surgiam também as novas vanguardas e com isso, o mundo se espantava com as novas linguagens desprovidas de regras. Levando em conta o contexto de República Velha, é aí que a Semana de Arte Moderna se encaixa, sendo controlada pelas oligarquias cafeeiras e pela política do café com leite. Ao mesmo tempo, o capitalismo crescia no Brasil, consolidando a república e a elite paulista, esta completamente influenciada pelos padrões artísticos europeus mais tradicionais, como