A segunda lei de Mendel
Após estudar uma característica de cada vez (monoibridismo), Mendel passou a se preocupar com o comportamento de duas características, uma em relação à outra, no mesmo cruzamento. Como seriam, por exemplo, os descendentes de indivíduos de semente amarela lisa com outro de semente verde rugosa? O que ocorreria se realizássemos a autofecundação de um híbrido para essas duas características?
Ao analisar cruzamentos que envolviam dois tipos de características – o diibridismo – Mendel descobriu mais uma lei da genética, como veremos a seguir.
1- A EXPERIÊNCIA DE MENDEL
Nessa etapa de pesquisas, Mendel cruzou ervilhas puras para semente amarela e para superfície lisa (caracteres dominantes) com ervilhas de semente verde e superfície rugosa (caracteres recessivos). Constatou que F1 era totalmente constituída por indivíduos com sementes amarelas lisas, o que já esperava, uma vez que esses caracteres são dominantes e os pais eram puros. Ao provocar a autofecundação de indivíduo F1, observou que a geração F2 era composta de quatro tipos de sementes:amarela lisa, 9/16;amarela rugosa, 3/16; verde lisa, 3/16; verde rugosa, 1/16 (figura 3.1).
Os fenótipos amarelo liso e o verde rugoso já eram conhecidos; os tipos amarelo rugoso e verde liso, porém, não estavam presentes na geração paterna nem na F1. O aparecimento desses fenótipos de recombinação de caracteres paternos e maternos permitiu a Mendel concluir que a herança da superfície da semente. O par de fatores para cor se distribuía entre os filhos sem influir na distribuição do par de fatores para superfície. Essa é a segunda lei de Mendel, também chamada lei da recombinação ou lei da segregação independente. Ela pode ser assim enunciada: Num cruzamento em que estejam envolvidos dois ou mais caracteres, os fatores que determinam cada um deles separam-se (segregam-se) de forma independente durante a formação dos gametas e se recombinam ao acaso, formando todas as combinações possíveis.