A segunda guerra dos navegadores 2011
Três browsers de qualidade - Chrome 10, Firefox 4 e Internet Explorer 9 - competem pelo mercado que já foi dominado pela Microsoft e quem sai ganhando são os usuários
Renan Dissenha Fagundes
O WorldWideWeb, primeiro navegador da história, foi lançado ao público em agosto de 1991. Criado por Tim Berners-Lee, o programa, todo cinza e com uma interface textual que não faz muito sentido para os usuários de hoje, era então a única forma de acessar a outra famosa invenção do cientista britânico: a própria web. Quase 20 anos depois, nunca antes houve tantas boas opções de navegadores quanto agora. Em março, as empresas por trás dos três principais browsers disponíveis no mercado lançaram novas versões - rápidas, modernas e minimalistas - de seus programas. Até mesmo o novo IE - líder, mas patinho feio do trio, formado também pelo Chrome e o Firefox - foi recebido com críticas bastante positivas.
Essa competição entre três programas de qualidade é inédita na história dos navegadores, e a concorrência parece estar levando as empresas para o lado certo: a nova geração de browsers é mais rápida, mais segura e está mais preocupada em seguir certos padrões desenvolvidos para a web. O World Wide Web Consortium (W3C), fundado por Bernes-Lee em 1994, é a entidade responsável por definir e defender esses padrões. O HTML, a linguagem base com a qual são construídos os wesites, é um deles. Os padrões da W3C dizem respeito a quais estruturas são utilizadas para a criação da web - páginas que os respeitam são mais leves e funcionam melhor -, mas os navegadores também precisam aceitar esses padrões. E eles estão aceitando. O HTML5, por exemplo, a mais nova versão do HTML: os navegadores novos competem para ver qual está mais estruturado para entender páginas com a nova linguagem.
Mas nem sempre a concorrência entre navegadores foi boa para os usuários - o resultado de uma competição semelhante, nos anos 1990, não foi tão agradável. A história dos