A saúde mental do professor
Houve um tempo em que a profissão de educador era considerada quase que um sacerdócio. Havia uma maior dedicação, um maior respeito e reconhecimento por esse profissional. Hoje a situação mudou, a realidade é outra. O que temos assistido é um descaso muito grande das autoridades em relação à educação. Vimos observando, no decorrer dos anos, os entraves pelos quais a educação vem passando e, junto com ela nessa luta para vencer asa dificuldades, encontramos a figura do professor. Este, mais que os outros integrantes do sistema educacional, tem sido a grande vítima das deteriorações por que tem passado a Educação. Não bastasse a pouca valorização que lhe é atribuída, no viés de todo o descaso com que lhe tratam e também do pouco interesse demonstrado pelos alunos (esses também vítimas) e autoridades governamentais, vem sentindo pouco a pouco ser atacada agora a sua saúde. Muitos são os casos encontrados em que a saúde, não só física, mas também mental do professor está em risco.
Ser educador é um dos mais antigos ofícios da humanidade. Os mestres eram vistos como verdadeiros preceptores do saber. Dessa forma eram respeitados e valorizados por alunos, pais e sociedade.
Com o passar do tempo vimos essa função fugir por entre os dedos, escorregar de nossas mãos sem que nos dessem a chance de agarrá-la e transformá-la em algo verdadeiramente importante para todos nós. Dessa forma, o professor sentiu-se perdido. Toda a cobrança em torno de seu trabalho e de sua própria pessoa levou-o a ter atitudes que forçaram de certa maneira a assumir outros papéis. Um dos motivos para tal é o pouco caso das famílias em educar seus filhos, transferindo essa responsabilidade para a escola/educador, ou seja, o educador deve preencher a lacuna deixada por ela. Assim, o professor assume um novo papel: o de pai. Cabe a ele a educação dos alunos como se fosse seus próprios filhos, além da transmissão de conhecimentos, sua função real enquanto educador.