A RUA NOSSA
Da Rua à Metrópole - morfologias, policentrismo e vivências urbanas
Teresa Sá Marques (teresasamarques@gmail.com)
Paula Guerra (mariadeguerra@gmail.com)
Hélder Santos (hfcs75@hotmail.com)
Filipe Silva (filipebs14@gmail.com)
FLUP, Departamento de Geografia, CEGOT
Via Panorâmica, s/n, 4150-564 PORTO
Resumo:
A estruturação dos territórios segundo princípios de contiguidade e de proximidade articula-se com uma outra estruturação em rede segundo princípios de conectividade. De um território aureolar passámos para um território reticular. Uma estrutura reticular não exclui a existência de polaridades e de espaços de relacionamento mais especializados, que respondem a noções funcionalmente mais exigentes. Esta complexidade aumenta quando os indivíduos e os grupos sociais fazem emergir diferentes territorialidades, construídas a partir de representações territoriais heterogéneas e formas alternativas de usufruir e relacionar-se neste espaço pluri-nodal. As actividades co-evoluem com as aspirações, mediadas pelas redes tecnológicas e as estruturas sociais. Assim, as dinâmicas no edificado e nas actividades associam-se a novas formas de apropriação e vivência urbana, que se expressam em representações territoriais.
Palavras-chave
Geografia; Portugal; morfologia; policentrismo; vivências urbanas; representações territoriais.
1. Morfologias e funcionalidades urbanas
Na cidade contemporânea, estendida e da multi-mobilidade, é necessário avançar-se para uma reflexão multi-escalar sobre as vivências urbanas. Isto significa compreender como se estruturam as metrópoles, percebendo as mudanças nos estilos de vida e nos modos de vida, cujas espacialidades e temporalidades não deixarão de ter influências estruturantes na cidade.
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. De que forma o sistema de redes organiza a macro-estrutura regional e que funções desempenham as
polaridades? E, numa outra escala, o que organiza as micro-estruturas metropolitanas, os territórios de