A roma do primeiro século
A Roma do primeiro século vivia uma situação política bastante triste. Tibério (14- 37 d.C.) era um imperador de dupla personalidade. A maioria dos historiadores tecem elogios à sua administração, esquecendo a sua violenta tirania e despotismo, em nome da razão de Estado. Mas os cristãos (confundidos com os judeus) não tinham do que se queixar. A Tibério sucedeu Calígula (37- 41 d.C), tão cínico que, para insultar o Senado, deu as honras de
Cônsul ao seu cavalo! Na "História dos Césares" é apelidado de “animal ferox”, tamanha era a sua crueldade. Por fim, foi assassinado por Cláudio, o capitão de sua guarda pessoal. E foi uma festa pelo império afora. Sucedeu-lhe Cláudio (41-54 d.C), um homem irresoluto e tímido, e tão covarde que consentia que Calígula o esbofeteasse e o chicoteasse em público. Uma vez imperador, mandou matar todos seus amigos, a um ponto que Agripina mandou envenená-lo. Então, Nero subiu ao trono (54-
68 d.C): a pior desgraça da Roma antiga! Mandou matar sua mãe, Agripina, e seu mestre Sêneca e dezenas de amigos. Isso já no começo. Então casou-se com um homem, praticando relações sexuais à luz do dia, na presença de sua corte. As demais loucuras, atrocidades e crime de Nero, todos as conhecem. Mas não podemos esquecer a noite de 19 de julho do ano de 64, quando ele mandou incendiar Roma e, depois, colocou a culpa nos cristãos. Talvez fossem cerca de 200 cristãos, vestidos com túnicas impregnadas de pez negro, que queimavam como tochas vivas. Foi a primeira e mais terrível perseguição contra os cristãos e o testemunho de que, em Roma, já havia uma pequena comunidade, embora não se tenha registros históricos de seus fundadores - certamente não São