A RODA DE CONVERSA COMO DISPOSITIVO PEDAGÓGICO
A didática na educação infantil passa por uma transformação em seus fundamentos e precisa urgentemente de uma pedagogia mais especifica. O desafio é respeitar as crianças como sujeitos de direito e com desejo de conhecimento, mesmo na primeira infância. Esse processo encontra-se em construção, buscando a valorização de uma construção de identidade por parte dos alunos. A formação da criança como sujeito social, capaz de entender o mundo onde vive, pode ser proposta através das rodas de conversa, onde a criança possui voz ativa.
A roda de conversa propõe o diálogo horizontal entre as diferentes pessoas que a compõem. Desta forma a criança não apenas reproduz, mas também produz a linguagem e acaba por compreender o mundo através de sua pronuncia. Ao pronunciar o mundo, o ser humano se reconhece como sujeito existente, de direitos e deveres. As Rodas de Conversa são muito importantes, pois através delas as crianças podem participar de situações de comunicação oral, podendo expor suas idéias com autonomia além de ouvir as idéias de outros colegas. Esta prática, além de ampliar o vocabulário as criança, ensina a lidar com as diferenças de idéias entre as pessoas e a respeitá-las.
O diálogo entre os alunos deve ser supervisionado, mas não imposto ou oprimido. O educador necessita coordenar a conversa, mas precisa policiar-se para não manipular as idéias das crianças, respeitando a forma de pensar e de agir de cada um. Puxar conversas interessantes, curiosas, que instiguem nas crianças vontade de saber, perguntar e falar, lançando novos assuntos para discutir é o que o professor deve fazer nas rodas de conversa, mas sempre garantindo que todas as crianças exponham suas opiniões, principalmente as crianças mais tímidas.
A liberdade de falar e questionar são fundamentais para que o educando alcance de um pensamento crítico com a capacidade confrontar idéias, possibilitando ao grupo como um todo e a cada criança em