A Revolução Francesa: a Monarquia Constitucional
A Monarquia Constitucional Esse primeiro período teve como motor do processo político a alta burguesia girondina. Os girondinos defendiam a preservação do direito à propriedade privada, o fim dos privilégios aristocráticos e, ao mesmo tempo, buscavam excluir os populares da participação política ao defenderem o voto censitário. Além disso, reivindicavam o direito de lutar contra a tirania, as liberdades individuais.
Tais ideais são encontrados em um dos documentos mais importantes da história, elaborado por esse grupo: a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão de 1789. Esse documento serviu de inspiração para diversas outras constituições elaboradas posteriormente em outros países, demonstrando o alcance dos ideais dessa revolução. Na sequência, em 1791, foi elaborada a Constituição Francesa, que reunia os princípios falados acima.
Outra medida importante na Monarquia Constitucional foi a aprovação da Constituição Civil do Clero em 1790, que promovia a nacionalização dos bens da Igreja Católica, além de transformar os membros da Igreja em funcionários públicos eclesiásticos, e de acabar com o dízimo.
A aprovação dessas medidas fez com que clérigos ficassem contra os girondinos, formando um grupo de opositores conhecido como “clero refratário”, que buscaria articular junto da nobreza e do rei, uma contrarrevolução.
Luís XVI tentou promover uma fuga do país para articular uma resposta às medidas girondinas. Entretanto, o monarca é capturado e levado preso pela Guarda Nacional. Essa instituição foi criada durante o processo revolucionário, já que o exército era um órgão vinculado ao rei, e, portanto, não seria confiável para a alta burguesia.
No âmbito externo, a França começa a sofrer ameaças. O Duque de Brunswick da Prússia ameaça invadir o território francês caso Luís XVI não fosse libertado. Revela-se, então, o temor causado pela Revolução Francesa, pois várias outras monarquias de