A Revolução Científica e A Justiça
A Justiça
No início deste mês (agosto/2002), no mundo inteiro abriu a imprensa espaço para lembrar a perda do maior símbolo sexual de todos os tempos.
Marilyn Monroe partiu há quatro décadas, quando, aos 36 anos de idade, cobiçada pelos homens e invejada pelas mulheres, foi descartada da vida artística por estar velha. O mundo matou Marilyn Monroe no momento em que as mulheres de minha geração conseguiam romper as amarras de uma inferioridade histórica, iniciando, a partir daí, a década da libertação feminina, a qual propiciou uma terceira fase neste caminhar contínuo e rico em mudanças.
Dois grandes temas despertam a atenção neste século XXI: a exclusão social e a ética na arte de governar e conviver em sociedade, enfim, a ética na política.
Pela importância do questionamento é que este Congresso elegeu a Ética como referência nesta semana de trabalho reflexivo, iniciando a abordagem pelo tema “Alimentos transgênicos”, passando pelas relações familiares, profundamente afetadas pela velocidade da vida e pelas descobertas científicas.
Seguiu-se com a questão da reprodução humana e os reflexos revolucionários da ciência na área das comunicações. Incluiu-se, como não poderia deixar de ser, tema relativo à invasão da privacidade e às relações entre cidadão e Estado, profundamente alteradas neste início de século.
Por último, cabe falar sobre a “Revolução Científica e a Justiça”.
O desenvolvimento científico e tecnológico do século XX ensejou mudanças muito significativas, maior do que qualquer movimento político-social da história da humanidade.
Há cerca de quarenta anos foi iniciada a terceira revolução industrial. A partir de então, fervilham no planeta descobertas e invenções saídas dos laboratórios.
A evolução é tão veloz que o presente tem como característica básica o interesse em construir uma porta para o futuro. Afinal, tudo leva ao porvir. O homem adquiriu maior longevidade, com expectativa de vida que, na média, foi