A Revolução Burguesa Brasileira pela ótica de Florestan Fernandes
De acordo com Florestan Fernandes, o processo da Revolução Burguesa está compreendido entre a independência do Brasil, em 1882, e a Proclamação da Republica. Em 1822, mudam-se os padrões da economia, Portugal não é mais o mediador do Brasil, agora quem o fazia era a elite brasileira. A mudança na estrutura econômica foi a primeiro aspecto da revolução. O mesmo pode se dizer quanto à proclamação da republica, foi uma tentativa de internalizar o capital, pois ao romper com o império a estrutura econômica seria organizada – ao menos teoricamente – por autônima da nação, como aconteceu nos países já revolucionados.
Os desafios que a burguesia encontrou foram apenas pontuais, e não estruturais. A base econômica brasileira precisava ser mudada para um capitalismo mais efetivo, porém, sob a ótica do capitalismo a emancipação brasileira é impossível, pois a burguesia do Brasil é dependente da burguesia internacional, que via no desenvolvimento brasileiro a chance de mais exploração de capital. Desta forma, a proposta de modernização foi assimétrica, sendo dirigida principalmente ao comercio, e não aconteceu uma mudança efetiva, mudando somente a forma de dependência com as nações imperialista.
Diferente das revoluções europeias, a burguesia brasileira não tinha uma proposta revolucionária, aconteceu de cima pra baixo e sem uma nova proposta politica. Só mudava