A Revolucão Gloriosa e Puritana
O Parlamento então passou a conspirar para depô-lo. Em seu lugar assumiria o trono sua filha Maria, casada com Guilherme de Orange, rei dos Países Baixos, que desembarcou com suas tropas no país, em 1688. Em que pesem os pequenos combates, o movimento foi essencialmente pacífico, passando à história com o nome de "Revolução Gloriosa" ou "Revolução Sem Sangue".
Jaime 2º fugiu para a França. O Parlamento proclamou Guilherme e Maria reis, embora aceitando uma Declaração de Direitos, segundo a qual: os reis não podiam cancelar as leis do Parlamento; o Parlamento decidiria a sucessão ao trono e o Parlamento votaria o orçamento anual; as contas reais seriam controladas por inspetores; o Tesouro seria dirigido por funcionários.
Desse modo, criou-se a monarquia parlamentarista inglesa que vigora até os dias de hoje. O predomínio dos produtores rurais progressistas e da burguesia urbana e mercantil no Parlamento criou as condições necessárias para o avanço do capitalismo e o advento da industrialização no século seguinte.
A Revolução Puritana
A crise forçou o rei a convocar o Parlamento em 1640. Este destituiu a Câmara estrelada, despojou o rei de sua autoridade e aprovou uma lei que tornava obrigatória a sua convocação a cada três anos, independentemente de determinação do monarca. No ano seguinte, uma revolta na Irlanda católica foi o estopim da Revolução Inglesa.
O Parlamento se recusou a entregar o comando do exército destinado à reconquista da Irlanda a Carlos 1º. Este não se conformou em perder o comando das forças armadas: com um grupo de apoiadores, invadiu o Parlamento e tentou prender os líderes da oposição. Não conseguiu. Foi forçado a se retirar de Londres e refugiou-se em Oxford, onde reuniu um exército de 20 mil homens, formado por uma parte da burguesia financeira, que temia qualquer desordem, e por aristocratas que ainda usufruíam dos benefícios feudais.