A Revolta dos Brinquedos
Entra uma menina pulando corda (com tédio, lentamente, para, e tenta montar um castelo no centro da cena por alguns segundos, e desmancha-o logo bruscamente.
Levanta desorientada sem saber o que fazer. Caminha sem rumo pelo cenário. Bate nos brinquedos. Tenta brincar com cada um, sem prazer e em seguida maltrata-os.
Menina: Brinquedo chato (joga), sem graça (joga), feio (joga). (Pega a bruxinha de pano) Estou farta de você sua bruxinha feia (joga pra cima e da um pontapé)
Em seguida pega um maravilhoso livro de história, senta-se e começa a ler. A princípio com interesse, depois vai se deitando e se acomodando para dormir.
Menina: Era uma vez uma menina que tinha muitos brinquedos... (boceja) Um dia, ela... (boceja e se acomoda melhor). Que sono! (quase dormindo) Um dia ela... (adormece)
(Luzes, sonoplastia)
Fantoche levanta-se aos poucos e com muito cuidado, em tom misterioso.
Fantoche: Boneca! boneca! (Boneca arregala e pisca muitas vezes os olhos e desperta).
Boneca: (feliz) Ela dormiu! (Em seguida ambos dirigem-se até o soldado. Chamando-o cria vida).
Soldado: O que foi? Já está na hora?
Fantoche: Está sim soldado!
Soldado: Você tem certeza? vê lá hem?! Não quero problemas; já esqueceram daquela noite? Você deu o sinal antes da hora, olha aqui o resultado (mostra perna enfaixada).
Fantoche: Quem manda você ser bobo!
Soldado: Bobo não! Você tem sua caixa pra se esconder, e eu?
Fantoche: Você ué! Você não é o herói? O que você faz dessa espingarda?
Boneca: Ele é herói sim senhor! Ele lutou bravamente na célebre "guerra das pastilhas"
Fantoche: Ora boneca! não seja boba! pastilhas coisa nenhuma! era só uma! foi a guerra da pastilha.
Soldado: Sim. A tomada da pastilha. Naquela madrugada cinzenta, o batalhão dos soldados de chocolates atacou o batalhão dos soldados cabeça de pirulito... E eu bravamente com minha espingarda ferido de morte...
Fantoche: Chega! chaga! chaga!... Será possível? você já