A revolta de Porecatu
PRIORI, Angelo (org). História do Paraná, século XIX e XX. Maringá: Eduem,pp.129-141, 2012
Em 1940 e 1950 no Estado do Paraná houve um conflito de terras de impacto nacional. O conflito situava-se no vale do rio Paranapanema. Pequenos posseiros proprietários, trabalhadores vindos do Estado de São Paulo para conseguir melhores condições de trabalho e de vida. A colonização ocorreu em pequenas posses de terra, por meio do plantio de café e de criações de porcos, que foram expulsos por grileiros para a estruturação da sua colonização. Os conflitos armados tiveram inicio 1948 e só foram desmobilizados em julho de 1951,com tropas da Policia Militar do estado e o DOPS.
O principal motivo da resistência armada dos camponeses de Porecatu, foi da Ligas Camponesas na região. A primeira noticia foi na localidade de Ribeirão do Tenente, um grupo de família também formou uma liga, todas com um único objetivo pautou dessas duas ligas: legalizar a posse da terra. Em 1946 houve manifestação organizadas pelas ligas de Ribeirão do tenente, Centenário, Guaraci, Agua das pelotas, Cabeceira do centenário, Agua Tupi e Ribeirão do Capim e resolveram fechar a estrada que ligava Presidente Prudente(SP) a londrina(PR). O objetivo era sensibilizar o governo e os políticos para a situação de instabilidade que vivia a região e pela legalização imediata das terras dos posseiros. Essa manifestação, teve repercussão importante para o movimento dos posseiros. Principalmente a população urbana, despertava-se um sentimento de solidariedade com aquela população. Tiveram papel importante no parlamento o PCB, além de criticas o próprio Deputado Carlos Marighella cobrou da Câmara dos Deputados a instalação da CPI para apurar as denúncias de violência contra os camponeses.
Enquanto em londrina PCB iniciava um movimento de solidariedade aos resistentes de Porecatu, tocava a sua farmácia em Jaguapitã por dez alqueiro de terras virgem. A partir desse momento, diversos militares