A revolta de Manuel Congo
A revolta ocorreu em novembro de 1838 entre os escravos do capitão-mor Manuel Francisco Xavier, que detinha algumas fazendas na região. O motivo do levante contra o fazendeiro teria tido origem após a morte do escravo Camilo Sapateiro pelo capataz de uma de suas fazendas. Indignados com o assassinato do companheiro de cativeiro, os escravos liderados pelo também escravo e ferreiro Manoel Congo resolveram protestar junto ao latifundiário, que prometeu tomar providências. Porém, essas providências nunca foram colocadas em prática.
O não cumprimento da promessa deixou ainda mais indignado os escravos. O assassinato de Camilo era um excesso brutal dos hábitos disciplinares de trabalho na fazenda. Como o senhor não tomou providências, os escravos mataram o capataz. Após essa ação, os escravos fugiram. A fuga em massa de cerca de 200 escravos ocorreu em duas fazendas do capitão-mor, entre os dias 06 e 10 de novembro de 1838.
As matas da região, liderados por Manoel Congo, os escravos iniciaram a constituição de um quilombo. Com as ferramentas e armas saqueadas das fazendas de Manuel Francisco Xavier, os escravos africanos e nascidos no Brasil pretendiam iniciar as lavouras para sua subsistência e garantir sua defesa.
Preocupados com essa ação em massa dos escravos, as autoridades da região resolveram pedir o apoio da Guarda Nacional para caçar os fugitivos, o futuro Duque de Caxias, que em 11 de novembro conseguiu capturar a maioria dos escravos, sendo que alguns foram mortos.
Eles foram julgados pela fuga de 16 escravos. Quase todos foram condenados a 650 chibatadas, sendo aplicadas 50 por dia, para que não morressem durante o castigo. Tal situação poderia causar um prejuízo ainda maior ao proprietário dos escravos. Esses escravos foram ainda obrigados a utilizar um gonzo de ferro no pescoço por três anos.
Porém, era necessária ainda uma punição exemplar para inibir novas