A “revisão da bibliografia” em teses e dissertações: meus tipos inesquecíveis
Alda Judith Alves
O referido texto analisa o papel da revisão bibliográfica em trabalhos de pesquisa por meio do apontamento das principais deficiências, no que se refere a esse aspecto, observadas em dissertações de mestrado e teses de doutorado. A autora assevera que este momento é praticamente crucial, já que é onde o pesquisador deve refletir arduamente para que obtenha exatamente aquilo que deseja averiguar. Observando que a má qualidade da revisão da literatura compromete todo o estudo, discute as dificuldades enfrentadas por pesquisadores iniciantes no que se refere à revisão da literatura necessária e sugere procedimentos que podem contribuir para a elevação da qualidade desses trabalhos. Tratando da contextualização do problema, considera que a proposição adequada de um problema de pesquisa exige que o pesquisador se situe nesse processo, analisando criticamente o estado atual de sua área de interesse comparando e contrastando abordagens teórico-metodológicas avaliando sua confiabilidade, identificando pontos de consenso e controvérsias a serem esclarecidas e tornando-o, por conseguinte, capaz de problematizar um tema, indicando a contribuição que seu estudo pretende trazer. Posteriormente, afirma ser essencial a análise do referencial teórico para clarificar o racional da pesquisa, uma vez que orienta a definição de categorias relevantes, dando suporte às relações antecipadas nas hipóteses, constituindo o principal instrumento para a interpretação dos resultados da pesquisa.
A autora apresenta os tipos de revisão que se deveria evitar: Summa: onde se apresenta todos os que já discutiram sobre o tema, um tipo de revisão que cansa logo no início. Arqueológico: imbuído da mesma preocupação exaustiva que caracteriza o tipo anterior, distingui-se deste pela ênfase na visão diacrônica. Patcchwok: de fato uma construção artesanal, vai lá ao inicio de tudo, para voltar a viver na