A reversão do Rio Pinheiros
FACULDADE DE FILOSOFIA, LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS
BACHARELADO EM GEOGRAFIA
A REVERSÃO DO RIO PINHEIROS
USINAS HENRY BORDEN, PEDREIRA E TRAIÇÃO
SÃO PAULO
JUN/2013
O RIO PINHEIROS
O Rio Pinheiros é um tradicional canal fluvial da cidade de São Paulo que no último século sofreu diretamente o efeito da rápida urbanização da região metropolitana que criou-se em sua volta. Até meados do século XX o rio era chamado de Jurubatuba, quem em linguagem tupi –guarani significa local com muitas palmeiras, esse nome expressa a realidade nas margens originais do rio que tinha grande vegetação.
Originalmente o rio tinha um traçado sinuoso com pouca declividade. Em função desse padrão o fluxo de agua era lento, com grandes várzeas que se alteram nos períodos de cheias. O uso do rio era essencialmente para práticas de lazer da população e para extração de areia e pedra voltada à construção civil na área central da cidade. Inclusive em ralação ao povoamento até os anos 40 as margens do rio pinheiros não tinham grandes especulações imobiliárias.
A ocupação das margens do sistema do Rio Pinheiros começou na década de 50, com o final do processo de canalização. Essa canalização foi idealizada no anos 30 pela companhia Light que era responsável pela geração de energia na cidade. A partir da 1928, foram iniciadas as obras de retificação, que se estenderiam até os anos 1950. O objetivo destas obras era acabar com as inundações, canalizar as águas e direcioná-las para a Represa Billings, invertendo o sentido do rio, com a Usina Elevatória de Traição.
A intenção da Light de produzir energia também era claro, pois o processo de reversão beneficiaria a usina de Henry Borden que pertencia ao grupo que também já participava ativamente do mercado energético da cidade desde 1901 com a construção da
Usina Edgard de Souza no rio Tiete.
A concessão do rio ao grupo Light and Power foi feita pelo então Governador
Júlio Prestes, por