A revelação progressiva da trindade
INTRODUÇÃO
A Trindade Divina como nós conhecemos nem sempre foi entendida desta maneira: Pai, Filho e Espírito Santo. Ao longo dos anos, pessoas intimamente ligadas à Igreja, ou não, aceitaram o grande desafio de explicar como o Deus Soberano é um e três ao mesmo tempo, e, ainda, a forma que Ele utilizou para revelar-se ao longo da História. Nessa incessante busca pela Verdade, algumas heresias surgiram no meio do “caminho”, mas o Cristianismo permaneceu apoiando-se na Bíblia como fonte da Revelação de Deus aos homens.
A TRINDADE NO ANTIGO TESTAMENTO É preciso compreender como se dá a revelação progressiva para estudar “trindade” no Antigo Testamento. Para os cristãos o termo Trindade é comum e familiar, e não é difícil discorrer sobre o assunto. Porém no Antigo Testamento este conceito “Trindade” está implícito. E a forma correta de análise, é buscar compreender como se dá o entendimento de Deus no Antigo Testamento. O que pode ser feito é uma boa pesquisa sobre os textos veterotestamentários sobre Deus. Conforme Smith os teólogos sistemáticos com freqüência iniciam o estudo sobre Deus pela “revelação”, porém os hebreus não possuem um substantivo que significa “revelação”; possuem o verbo gãlâ, “revelar”. Ele traz dois conceitos básicos: “desvendar”, “revelar”. Que dá o sentido de tirar a venda, destapar, manifestar-se. O conceito de revelação é o seguinte: divulgação de um segredo, uma confidência, ou ainda descoberta que revela um atributo ou vocação em alguém. Com isso podemos perceber que para os hebreus o importante é a manifestação de Deus e não descobrir os segredos.
É claro que no vocabulário hebreu não existe um termo que abrange o sentido revelação, então há certas restrições sobre revelação progressiva da “Trindade” no Antigo Testamento, isso se dá porque não há no pensamento deles uma reflexão a partir da razão ou do conhecimento. Smith mostra que Gerhard Von Rad entende que “o conhecimento de Deus”