A retórica grega como instrumento de persuasão jurídica.
‘’ Não há magistrado que inicie um processo, não há ministério publico que sustente a causa da sociedade. Em principio, cabe à pessoa lesada ou a seu representante legal intentar o processo, fazer a citação, tomar a palavra na audiência, sem auxilio de advogado.’’ Gustave Glotz
Na cidade grega chamada Atenas, a lei era completamente retórica, onde não havia juízes e nem promotores públicos, apenas dois litigantes juntamente com centenas de jurados. Com a ausência no direito grego podemos perceber que os gregos não influenciaram as sociedades subseqüentes no aspecto do direito. Em antenas a justiça era rápida e barata, pois a administração dela era mantida por amadores.
Os cidadãos lesionados, tinham que abrir processos, se defender, levantar testemunhas e convencer o júri com o seu poder de persuasão, pois não podiam contar com o auxilio do advogado, como conhecemos hoje.
Os litigantes (cidadãos lesionados) usavam discursos fantasma, ou seja, discursos feitos por oradores profissionais (pessoas que conheciam as praticas jurídicas, como banqueiros, políticos e homens de negócios), passando a ser chamados de logógrafos que eram pagos pelos litigantes para fazer os seus discursos, e com seu poder de persuasão tentava convencer a maior parte dos jurados. Os logografos podem ser considerados como os primeiros advogados da historia.
Nos dias atuais a administração da justiça esta contida nas mãos de Juízes, mas antigamente especificadamente em Atenas, a justiça era feita pela heliaia, a heliaia era um tribunal popular que julgava todas as causas, tanto publicas como privadas, à exceção dos crimes de sangue. Os componentes da heliais, eram chamados heliastas, que eram sorteados anualmente dentre os atenienses, para não sofrer prejuízos eles recebiam salário por dia de serviço. Os cidadãos