A retória de górgias e do último discurso

A retórica, como parte da oratória e eloquência é mostrada tanto no diálogo de Platão quanto na parte final do filme o Grande Ditador feito em 1940 por Charles Chaplin, onde, no último, se percebe a magia de um discurso fundamentado e acreditador no bem da humanidade. Nesta cena, o personagem principal é chamado ao palco para apresentar seu discurso final como grande ditador, porém, o personagem se diz despreparado para subir ao palco. Desta forma no momento que sobe ao palco e começa seu discurso logo relata as vontades que tem de sua vida, para a sua vida, contudo a de ser um ditador não é uma delas.
Durante todo o percurso do filme, é possível perceber as sátiras contra o nazismo e o fascimo instalados na Alemanha e Itália, respectivamente, principalmente durante os anos da 2ª Guerra Mundial.
Contudo, durante o discurso o personagem mesmo o realizando, o fazendo com aspectos parecidos com os de outros grandes ditadores acaba por tratar de assuntos de natureza diversa como, por exemplo, falando da bondade humana, em casos não se escravizar e por lutar apenas pela sua liberdade.
Já no discurso de Platão, Górgias, é possível perceber a retórica em variadas facetas, uma vez que a retórica é mostrada em seu uso de maneira justa e injusta.
No diálogo supracitado, Platão faz Sócrates defender a tese de que a vida feliz só pode ser aquela do homem bom e justo, uma vez que para ele a verdadeira felicidade consiste em eliminar as contradições da alma consigo mesma. Por isso, é que no diálogo em questão, Platão equipara a justiça a uma espécie de medicina da alma, isto é, que a restabelece ao seu estado original de harmonia consigo mesma.
Para Platão a retórica é uma rotina, assim como a culinária, uma vez que propicia prazer e satisfação e a retórica quando feita para o povo, uma massa ignorante, tem o mesmo efeito, já que a principal finalidade da retórica, a persuasão, é melhor realizada quando em ignorantes, uma vez que essa massa não possui um conceito formado