A respeito do hinduísmo
Uma religião alegre
Uma religião alegre de verdade, que sob a luz da lua cheia da primavera celebra a festa do Holi, a última festa do calendário hindu, que encerra a colheita de inverno: as pessoas expressam seus votos de felicidade, pelo começo da primavera e trocam presentes. Até as rígidas barreiras sociais ficam suspensas por algum tempo.
Entretanto, como não se pode julgar o cristianismo a partir de uns tantos dias austeros de jejum, também não se pode julgar o hinduísmo só pelo carnaval do Holi.
Da mesma forma que o catolicismo romano medieval também o hinduísmo não pode ser imaginado sem a piedade do dia-a dia, que abrange todo o cotidiano da vida aqui profano e sagrado não estão separados.
Na vida do hindu são inúmeros os ritos (pujas) que são repetidos regularmente: não só as grandes festas e procissões nos templos, mas também os períodos de jejum e sobretudo os ritos realizados diante da imagem do Deus ou do altar doméstico. Na religião reina uma grande liberdade, desde que se obedeça as complexas regras das castas.
Faz parte da instrução religiosa e da orientação espiritual um guru, mestre ou guia espiritual muitas vezes para a família inteira. Nele o Divino está presente de maneira direta, e é também ele quem introduz o jovem hindu na tradição religiosa.
E da mesma forma que o catolicismo romano, também o hinduísmo não pode ser imaginado sem as peregrinações, aos lugares de presença e de graça divina. O lugar entre todos preferido, ao qual todo hindu desejaria peregrinar pelo menos uma vez na vida é Varanasi
Quem afinal de contas é hindu ?
De início, hindus e indianos eram uma coisa só. Pois os gregos, que com a campanha de Alexandre, o Grande, em 326 a.C., chegaram até o vale do Indo, denominaram os que habitavam próximo a esse rio simplesmente de indianos (indos). E assim também foram chamados pelos persas e pelos latinos, e, mais tarde ainda, pelas modernas línguas européias.
Hinduísmo é na verdade um conceito coletivo