A resolver
Num estudo envolvendo 1005 adolescentes portugueses (Cardoso, 2006), 45.4% dos que frequentavam o 9º ano e 25,2% do 12º ano de escolaridade não tinham objectivos de carreira definidos e quando os tinham, não estavam seguros dos mesmos. Na população americana, Gordon (1981, citado por Santos, 2005), a partir de revisão da literatura, aponta para valores de prevalência da indecisão vocacional entre 18% e 50% enquanto que Gaffner e Hazler (2003) referem que 20% a 60% dos universitários americanos estão indecisos relativamente aos estudos a escolher. A prevalência do problema da indecisão vocacional na população, a que não é alheia a crescente necessidade dos indivíduos reverem os seus planos da carreira, por um lado, e por outro, o facto do seu estudo ser profícuo para a compreensão do comportamento vocacional, tem contribuído para que esta seja das temáticas mais abordadas no âmbito da psicologia vocacional (Gordon, 1998; Santos, 2005; Silva,
1997).
O estudo da indecisão vocacional, aqui entendida como “expressão de incerteza e de falta de confiança face a uma escolha escolar ou profissional” (Dosnon, 1996, p.130), evoluiu de uma classificação dicotómica do problema, decidido/indeciso (Holland & Holland, 1977), para um entendimento do constructo como multidimensional (Lucas & Epperson, 1990; Wanberg &
Munchinsky, 1992). Actualmente, existe consenso quanto à