A Resistência Indígena
Alice Silva Cruz
Estudante de História- UniCeub
COLL, Josefina Oliva. A Resistência Indígena: Do México à Patagônia, a história da luta dos índios contra os conquistadores. São Paulo: L&PM, 1986.
Josefina Oliva de Coll é uma antropóloga mexicana que reúne neste livro, “A resistência Indígena”, as principais ações indígenas de resistência contra a colonização espanhola e portuguesa.
Narrada em terceira, Josefina faz com que os leitores se debrucem na história, desencadeando uma ansiedade e angústia para saber qual será o efeito dos ataques, que os caciques preparavam para seus inimigos, os conquistadores.
A obra é dividida em dez capítulos, cada um abordando a chegada dos espanhóis em determinada região e a reação dos nativos ao se depararem com pessoas tão diferentes: brancas, com barbas grandes no rosto, vestidos com roupas estranhas dentro de uma casa flutuante.
No primeiro capítulo, Josefina fala sobre o “encontro”, a surpresa dos índios por não poderem acreditar que estavam vendo pessoas de tão bom coração e sinceros. O encantamento dos índios é tão grande que quando os cristãos lhe pediam alguma coisa eles o davam com a maior boa vontade do mundo, que parece que pedir- lhes algo se constituía numa grande honra para eles.
Colombo, surpreso com o modo puro e simples de ser daqueles homens e mulheres decide construir um forte nos domínios do rei Guacanagarí. Este soberano, “de grande caridade, humanidade e virtude”, foi quem ajudou o Almirante no primeiro percalço que este sofreu nas costas da La Espanõla (as ilhas). Colombo chegou a escrever na carta que mandou aos reis: “Certifico a Vossas Altezas que em nenhuma parte de Castela se colocaria tanto cuidado em todas as coisas, a ponto de se poder dizer que não faltou se quer uma agulha que fosse... Acredito que não exista no mundo melhor gente e melhor terra”.
Colombo começa a interpretar: demonstra realmente compreender o que os indígenas lhe dizem, muitas vezes entendendo