A república - Livro 1 - Platão
Chegando na casa de Céfalo pai de Polemarco, começa então um diálogo com Céfalo sobre o tema da velhice e suas limitações discorrendo também sobre morte e o uso dos bens materiais. Sócrates ouve de Céfalo que a justiça é devolver ao outro aquilo que recebeu, porém Sócrates é totalmente contrário a essa ideia e defende que a mesma não é justa, então após a saída de Céfalo, Polemarco que acredita que a justiça é falar sempre a verdade, pagar as dividas e fazer bem aos amigos e mau aos inimigos, assume a discussão com Sócrates que refuta cada um desses argumentos da respectiva forma, nem sempre a verdade é mais valiosa que um bem maior como a vida, pagar as dividas é uma obrigação e não é justo fazer mau aos inimigos e bem ao amigos, aqui Sócrates utiliza do exemplo da restituição de uma arma para um amigo que não está em sã consciência.
À partir desse ponto entra então o personagem mais polêmico Trasímaco que diz que a justiça é a conveniência do mais forte e nada mais que isso, pois em qualquer Pólis o mais forte governa e faz as leis. Sócrates crê que a justiça é mesmo uma conveniência porém discorda que seja do mais forte pois o governante pode também se enganar ao pensar sobre o que seria melhor para ele mesmo, Sócrates se apoia na analogia de que a Náutica e a Medicina - que são forças agentes em prol do mais fraco - para Sócrates, são como a justiça. Trasímaco no entanto se apoio profundamente no argumento de que a justiça só é boa para os mais fortes e poderosos que são os que não a obedecem, enquanto os que obedecem tomam prejuízo e que de nada lhe es útil.
Após uma longa discussão Sócrates funda seu raciocínio dizendo que o justo é bom