A república em Sergipe
A campanha abolicionista e a propaganda republicana andaram lado a lado em Laranjeiras, como compromissos democráticos, ainda que a luta em favor da República tenha obtido maior visibilidade. O movimento estabeleceu, ainda, conexões importantes com a Maç
A campanha abolicionista e a propaganda republicana andaram lado a lado em Laranjeiras, como compromissos democráticos, ainda que a luta em favor da República tenha obtido maior visibilidade. O movimento estabeleceu, ainda, conexões importantes com a Maçonaria e com os missionários protestantes, que percorriam o Brasil na tentativa de fixar igrejas evangélicas, além, das íntimas ligações que tinham os seus integrantes, quase todos tocados pelas idéias cientificistas que dominavam o ambiente intelectual da segunda metade do século XIX.
A campanha abolicionista teve várias faces, a começar, ao mesmo tempo, que a propaganda republicana, pelas manifestações estéticas, que revelaram figuras geniais como o poeta Castro Alves, o maestro Carlos Gomes, representativos de uma geração que tomou as ruas, as redações dos jornais, os corredores das faculdades, em defesa da dignidade humana. Depois foram criadas as Sociedades, muitas delas secretas, destinadas a somar esforços em prol da libertação dos escravos. Em Aracaju foi fundada e instalada à rua de Capela, a Sociedade Libertadora Sergipana, liderada por Francisco José Alves, agregando a colaboração de outras pessoas, como a professora Etelvina Amália de Siqueira. A Sociedade, conhecida como A Cabana do Pai Tomás, numa alusão ao romance de Herriet Becher Stowe, editava o jornal O Libertador, como órgão da causa abolicionista. Francisco José Alves, contudo, não era um partidário da propaganda republicana e chegou mesmo a lamentar o fim da monarquia.
A propaganda republicana ganhou importância em Laranjeiras, nos pequenos jornais, graças a uma somação de fatos favoráveis, a saber: a presença do médico Domingos Guedes Cabral clinicando,