A REPRODUÇÃO DA ANTROPOLOGIA NO BRASIL
No texto do autor Ruben Oliven, inicialmente é tratada a questão da não regulamentação da disciplina de antropologia no Brasil, enumerando algumas vantagens e desvantagens dessa não regulamentação.
“Uma das vantagens da profissão de antropólogo não ser regulamentada é permitir que os antropólogos brasileiros sejam oriundos dos mais variados cursos de graduação, optando pela antropologia apenas na pós-graduação, quando já são um pouco mais experientes e têm mais vivência acadêmica”(pág.213). “A desvantagem mais óbvia da não regulamentação da profissão de antropólogo no Brasil é a de nossos mestres e doutores em antropologia não gozarem da proteção legal que outras profissões têm. Existem pessoas com diferentes cursos de graduação que ocupam cargo de antropólogo em instituições públicas. A possibilidade de pessoas sem formação ou conhecimento antropológico se intitularem antropólogos e elaborarem laudos sobre terras indígenas ou de remanescentes comunidades de quilombos é outra desvantagem” (pág.214).
Felizmente a desvantagem citada no tocante à elaboração de laudos sobre terras indígenas ou comunidades de quilombos está cada vez mais difícil, pois a ABA mantém um convênio com a Procuradoria Geral da República fazendo com que os especialistas da ABA colaborem e auxiliem essas pesquisas.
Em seguida o autor faz uma explanação da história da formação da disciplina no Brasil, onde inicialmente era concentrada somente na região Sul do Brasil e depois se espalhou para o resto do país. Tece também comentários sobre os cursos de mestrado e doutorado, onde com a criação do programa de doutorado houve uma certa reformulação dos cursos de mestrado, ou seja, uma certa diminuição no tempo do mestrado. No Brasil antes, o título de mestre já era o suficiente para