A REPRESENTAÇÃO DO NEGRO NOS JORNAIS DO SÉCULO XIX
No final do século XIX o negro foi representado nos jornais como uma figura que simbolizava atraso e que estava sempre ligado às ideias de violência e obstáculo para o progresso da nação brasileira.
Estudiosos afirmavam essa ideia negativa dos negros no contexto pós abolicionista e temiam que o Brasil não prosperasse como nação sendo constituído de negros, sendo assim era necessário para esses intelectuais e políticos desenvolver projetos de modernização , então no final do século XIX surgiram diversas propostas para resolver a questão do negro.
Os abolicionistas defendiam a ideia da integração do negro na sociedade, já os defensores da imigração acreditavam que a reabilitação do povo brasileiro seria possível com a vinda de trabalhadores europeus. Às elites nacionais, o intuito seria seguir os padrões europeus e os grupos políticos discursavam sobre as questões raciais, sendo esse tema recebido no Brasil com grande apoio. Assim, o país seria considerado como moderno e estaria aberto às teorias evolucionistas.
Muitos autores evolucionistas estrangeiros afirmavam que o Brasil era um país atrasado pelo fato de ser constituído pelas raças mistas, como exemplo Couty (1854-1884) que escreveu sobre a inferioridade da raça negra com tendência à ociosidade, alcoolismo e à marginalidade e também incapaz de manifestar afeto. Já autores brasileiros acreditavam que a miscigenação não produzia “degenerados” mas que com o tempo embranqueceria e com a imigração europeia impulsionaria o embranquecimento da nação.
Dentro desse contexto, percebemos que Silvio Romero foi defensor dessa ideia de embranquecimento, pois acreditava que com a miscigenação das raças negros e índios desapareceriam da sociedade brasileira.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
ALBUQUERQUE, W.; FRAGA FILHO, W. Uma história do negro no Brasil. Disponível em:http://www.ceao.ufba.br/livrosevideos/pdf/uma%20historia%20do%20negro%20no%20brasil_cap07.pdf
- REIS,