A representação do eu na vida cotidiana
Raquel Lopes
Já pensou em analisar as interações através de conceitos teatrais? Erving Goffman, em seu livro “A Representação do Eu na Vida Cotidiana” apresentado através de teorias do teatro as interações, em vários aspectos, estabelecidas entre os atores e a platéia.
Goffman começa seu livro se referindo as informações. As pessoas antes de tentar conversar com o outro ou até mesmo tentar uma interação com o mesmo, às vezes pede informação a um terceiro para saber mais sobre ele. O autor usa o termo “veículos de indícios” para se referir as pessoas que passam informações antecipadas em relação ao outro, para que este possa agir de certa forma de maneira correta para obter o objetivo desejado. No entanto, nem sempre se pode ter dados antecipados sobre as pessoas, podendo ser usado para tentar definir a pessoa pela sua aparência tendo como referência experiências passadas, ou então, acreditar no que o próprio individuo observado diz.
Diante da interação com o outro, poucas coisas podem acontecer para o individuo chegar à conclusão do outro. Muitas informações estão além do tempo e do espaço, que de certa forma, só podem ser apresentadas de forma indireta ou por confissão. Sendo que, algumas símbolos como as expressões podem deixar impressões que ajudem a prestar informações a respeito do indivíduo. O capítulo levará em conta que o ator ao se envolver em uma interação, apresenta duas formas de comunicação: expressão dada, que se transmite através de símbolos verbais e expressão emitida que se reproduz através uma gama de ações, a última é a que o ator levará em conta, pois esta não é intencional e tem formas mais teatrais e contextuais.
O individuo tem o interesse de passar as informações que lhe interessam e age de acordo com a impressão que quer passar, às