A representação da família na dramaturgia de marcos barbosa: a questão da violência e da manipulação.
DE MARCOS BARBOSA:
A questão da Violência e da Manipulação.
TÁSSIO FERREIRA SANTANA
Programa de Pós-Graduação Em Artes Cênicas PPGAC/UFBA tassio15@hotmail.com 1
INTRODUÇÃO
O dramaturgo contemporâneo, como novo Édipo, tem uma difícil tarefa: não lhe compete mais responder à Esfinge, cuja pergunta enorme jaz esfacelada em múltiplos e mínimos cacos de espelhos; deve, antes, reconstruí-la, catando fragmentos dos mitos arcaicos, claros enigma, e dos mitos de última geração, incipientes, disfarçados, quase sempre invisíveis. (Cleise Furtado Mendes)
Marcos Barbosa nasceu no dia 23 de maio, em Fortaleza, Ceará. O pai é ginecologista obstetra, a mãe possui curso incompleto de letras, tendo trabalhado como bancária até se aposentar. O autor é o mais velho de oito irmãos (um deles falecido) e sendo considerável a distância de idade entre ele e irmãos. Esse fato
(distância de idade) afastava Barbosa do mundo dos irmãos e criou-lhe, desde cedo, a obrigação de ser responsável – característica essa que nunca o deixaria. Não encontrou empecilho por conta dos pais, que não eram artistas, no momento de mergulhar na arte. Mas estes imaginavam que a escrita de peças era antes um hobby e passaria. O que não aconteceu.
Engenheiro Civil de formação, Marcos Barbosa, em paralelo a sua formação técnica como engenheiro, conheceu o Instituto Dragão do Mar de Arte e Indústria
Audiovisual do Ceará, onde prestou seleção para seguir um inaugural curso de formação para dramaturgos experientes. Ali, estudando mais de perto a teoria dramática, e sendo orientado por professores como Orlando Senna, Morris Capovilla,
Rui Guerra, Nelson Pereira dos Santos, dentre outros, encontrou-se com sua paixão de escrever poesia dramática. Neste curso também conheceu a professora Cleise
Mendes, com qual estabeleceu uma forte relação, sendo esta considerada por
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Barbosa como madrinha – que mais tarde seria sua orientadora no