A reoublica de platão livro 7

534 palavras 3 páginas
A reflexão filosófica gira em torno da realidade cindida, entre verdade e ilusão, é uma das passagens mais ricas dos diálogos de Platão. no Livro VII de A República.

O tema é abordado de forma a caracterizar a condição humana entre o estado de sabedoria e de ignorância. A Alegoria da Caverna se mantém presente e com força de persuasão indiscutível pelo efeito do discurso produzido a partir das personagens: Sócrates e Glauco.

Discurso que coloca a verdade, de um lado; e as ilusões, de outro. Mas é Sócrates quem conduz a reflexão, tendo Glauco como um interlocutor num estado bem mais passivo em termos de colocação de idéias.

Talvez para Platão, um dos personagens, Sócrates, representasse a sabedoria, enquanto seu interlocutor, Glauco, fosse ainda o escravo a ser libertado de suas correntes de dentro da caverna.

No início do diálogo, Sócrates diz: "...imagine a maneira como segue o estado da nossa natureza relativamente à instrução e à ignorância". O propósito já desde o início do diálogo é mostrar um quadro obscuro onde a humanidade é mantida cativa por ignorar a realidade entendida como verdadeira e, por isso, permanecendo, os homens, acorrentados, escravos das ilusões. Presos às imagens ou sombras projetadas no fundo da caverna e ignorantes dos objetos reais que constituem o fora da caverna.

Na voz de Sócrates, os homens vivem desde a infância num estado de ignorância, como se estivessem no interior de uma caverna, acorrentados, "de modo que não podem mexer-se nem ver senão o que está diante deles, pois, as correntes os impedem de voltar a cabeça". Imersos nesse lugar onde prevalecem as ilusões, e não o teor da verdade, os escravos desconhecem a possibilidade de poder contemplar os objetos reais no exterior, onde estão as mais diversas coisas que provocam as sombras no interior da caverna. Isto é, "estatuetas de homens e animais, de pedra, madeira e toda espécie de matéria..."

Sócrates sugere que seu interlocutor imagine, na caverna, uma abertura

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