A religiao Umbanda
Alguns espíritos, que usam indevidamente o nome de Exu, procuram realizar trabalhos de magia dirigida contra os encarnados. Na realidade, quem está agindo é um espírito atrasado. É justamente contra as influências maléficas, o pensamento doentio desses feiticeiros improvisados, que entra em ação o verdadeiro Exu, atraindo os obsessores, cegos ainda, e procurando trazê-los para suas falanges que trabalham visando a própria evolução.
O chamado “Exú Pagão” é tido como o marginal da espiritualidade, aquele sem luz, sem conhecimento da evolução, trabalhando na magia para o mal, embora possa ser despertado para evoluir de condição.
Já o Exu Batizado, é uma alma humana já sensibilizada pelo bem, evoluindo e, trabalhando para o bem, dentro do reino da Quimbanda, por ser força que ainda se ajusta ao meio, nele podendo intervir, como um policial que penetra nos reinos da marginalidade.
Não se deve, entretanto, confundir um verdadeiro Exú com um espíritos zombeteiros, mistificadores, obsessores ou perturbadores, que recebem a denominação de Kiumbas e que, às vezes, tentam mistificar, iludindo os presentes, usando nomes de “Guias”.
Para evitar essa confusão, não damos aos chamados “Exus Pagões” a denominação de “Exu”, classificando-os apenas como Kiumbas. E reservamos para os ditos “Exus Batizados” a denominação de “Exu”.
Existem muitas formas de hierarquia dentro da Umbanda, mas, todas seguem um padrão parecido. Demonstrarei a seguir, algumas das formas mais usadas.
Abiã (noviço ou noviça): É a pessoa que começa a frequentar o terreiro como assistente, e em muitos casos, com a intenção de se ingressar na religião. São aquelas pessoas que frequentam regularmente as cerimônias sem que sejam iniciadas, ou seja, frequentam como Assistentes. São os fieis da Umbanda, e não os iniciados.
Cambono (a) (o grande ajudante anônimo do terreiro): É quem tem todas as obrigações modestas do terreiro, é o