A relação indissociável entre indivíduo e sociedade
Victor Macedo de Souza
O desenvolvimento social da humanidade vem sendo acompanhado, observado e teorizado por diversos estudiosos através dos tempos desde os filósofos pré-socráticos até os sociólogos e psicólogos de tempos mais recentes, que vêm trazendo várias concepções quanto à relação entre os indivíduos e por sua vez quanto à formação da sociedade como um todo. Existe, porém um impasse que, aparentemente, ainda não se pacificou plenamente dentro das discussões filosóficas posto ser latente a dicotomia existente entre o comportamento individual, estudado pela psicologia, e o comportamento da sociedade, observado e estudado na seara da sociologia. Desde Sócrates, Platão e Aristóteles, dentre outros, o processo de formação das sociedades vem sendo tratado de diferentes maneiras, alguns sob o ponto de vista meramente antropológico, explicando sua formação através dos tempos com as famílias, clãs, pequenas vilas e assim, sucessivamente; outros apenas um olhar materialista como Carl Marx que individualiza a formação da sociedade, chegando inclusive a afirmar que ela nada mais é do que o produto da ação recíproca dos homens. Outros ainda, como Durkhein, que teoriza ter a consciência coletiva um fator coercitivo, exterior, e estaria acima das consciências individuais. Sendo assim a sociedade uma determinante crucial na formação dos indivíduos, e estes por sua vez, um produto do meio em que vivem. Seu pensamento apresenta a concepção de que o todo é maior do que a soma das partes, minimizando o indivíduo dentro da formação da sociedade em que vive. Reconhecendo a importância de cada uma das teorias supracitadas, dá-se uma maior relevância neste trabalho a, de um lado, ao pensamento Freudiano que com o desenvolvimento da psicanálise, criticou a psicologia social até então existente, que observava a sociedade de uma maneira superficial sem trazer em consideração os elementos do subconsciente individual,