A Relação entre a economia real e o mercado financeiro
Assim como na natureza, a menor e mais imperceptível ação do outro lado do mundo no mercado financeiro pode desencadear um furacão do lado de nossas casas.
Parece nascer uma nova religião, e seu principal objetivo é criar um grande e único mercado integrado mundialmente. Caminhamos para um futuro onde o conceito de sociedade não mais existirá, e a economia real terá dado lugar a economia de mercado, e nesta religião o papel de cada um de seus fiéis é o de integrar seu mercado local com o global, sob a promessa não de bênçãos, mas sim de riquezas que extrapolam o imaginável do sujeito simples.
Os diretores financeiros acreditam que as decisões tomadas no mercado financeiro são acertadas e corretas, pois são elaboradas por técnicos que sabem exatamente o que os investidores querem, o que não é uma falsa afirmação, vez que o explícito objetivo é o aumento dos lucros, sendo assim os técnicos fazem perfeitamente seu papel.
Ainda na tentativa de maximizar seus lucros as empresas burlam leis ambientais e trabalhistas e procuram países onde estas são mais brandas, para também aumentar o seu poder de concorrência em um sistema autodestrutivo em que os bons empregadores são levados à falência. E por trás de todo esse emaranhado de jogos de influência estão os verdadeiros carrascos, conhecidos como investidores, que “logicamente” empregam seu capital nas empresas mais rentáveis, pouco se importando se para chegar à essa alta rentabilidade tais empresas tiveram que realizar uma demissão coletiva ou aumentar a jornada de seus funcionários pagando menos pelas horas extras. Estando assim em uma novo corrida do ouro, onde a gananciosa, imprudente, e incessante busca por lucros se torna indispensável a concorrência.
É por isso que grandes e conceituadas empresas, mesmo indo bem no mercado, são obrigadas a baixar salários e a qualidade de seus produtos. Forçadas pela concorrência em determinados momentos, e em