A RELAÇÃO ENTRE ESTABILIZADOS E OUTSIDERS
A obra Estabelecidos e Outsider é o resultado de aproximadamente três anos de pesquisa no qual Nobert Elias analisou uma pequena cidade da Inglaterra (Wiston Parva).
Nesse local existia uma divisão entre dois grupos: os antigos moradores (establecidos) e os recém-chegados (outsiders).
Os estabelecidos se classificavam como superiores aos recém-chegados. Os Outsiders passaram a ser estigmatizados, se sentido muitas vezes inferiores e carentes de virtudes humanas.
Dessa forma os estabelecidos acabaram excluindo os novos residentes do seu convívio social, com exceção do relacionamento profissional.
Todo esse incomodo contra os outsiders era reforçado através de fofocas elogiosas e depreciativas.
Através desses apontamentos, Nobert Elias investiga sistematicamente os motivos que levaram um grupo manter a crença de superioridade perante o outro era marginalizado.
Na verdade a exclusão e coesão eram causadas como forma de os estabelecidos preservarem sua identidade e manter o status.
O autor relata que não se trata exclusivamente de um preconceito de caráter individual, mas principalmente de um preconceito social.
Segundo Elias “Um grupo só pode estigmatizar o outro com eficácia quando está bem instaurado em questões de poder dos quais o grupo estigmatizado é excluído”.
Como conseqüência os estabelecidos acabam criando explicações fantasiosas acerca dessa realidade social.
A auto-imagem que o grupo antigo tem de si, cria um tipo ideal que serve como forma de coesão contra o outro grupo reprimido. Esse tipo de situação pode permanecer por gerações, servindo de modelo que legitima a superioridade que dos estabelecidos contra os outsiders.
Dessa forma os estabelecidos retalham quando qualquer ato que faça sentir que os seus poderes estão sendo ameaçados. Sendo assim, os mesmos ofendem e humilham os outsiders por não compartilharem dos mesmos valores daquela ordem vigente.
O uso dessa pequena cidade poderia ser utilizado como