A relação da pipa com a física
Quando a pipa está em vôo, ela interage com o vento; atuando como um defletor deste, e acaba o empurrando para baixo. Esta interação corresponde à força que o vento faz sobre a pipa, e à força que a pipa faz sobre o vento.
Então de acordo com a Terceira Lei de Newton/Ação Reação, essas forças são iguais em intensidade, direção e sentido. E de acordo com a Segunda Lei de Newton/Principio Fundamental da Dinâmica, o modulo dessas forças corresponde à variação de quantidade de movimento de massa de ar, desviada pelo vento /F/=/F/=/ΔQ//Δt. Ou seja, a força que o vento faz sobre a pipa, que a mantém em vôo. Podemos considerar como resultante de duas componentes: vertical e horizontal.
A componente vertical levantará a pipa, caso ela tenha intensidade maior que a força da gravidade. No caso de suas intensidades serem iguais, ela terá atingido a maior altura possível, assim, ela é apenas mantida suspensa no ar.
A componente horizontal arrasta a pipa para longe quando o empinador solta à linha, ou é equilibrada pela força da mão do empinador quando a linha é presa.
O grande navegador Marco Pólo (1254-1324) explorou as potencialidades da pipa, embora levado por motivos menos lúdicos. Conta-se que, em suas andanças pela China, ao ver-se encurralado por inimigos locais, fez voar uma pipa carregada de fogos de artifício presos de cabeça para baixo, que explodiram no ar em direção a terra, provocando o primeiro bombardeio aéreo da história da humanidade;
Em 1752 uma experiência de Benjamim Franklin demonstrou definitivamente a importância das pipas na história da Ciência. Prendendo uma chave ao fio de uma pipa, ele a empinou num dia de tempestade. A eletricidade das nuvens foi captada pela chave e pelo fio molhado, descobrindo-se assim o pararraio;
Foi graças ao conhecimento das pipas que o grande Santos Dumont conseguiu voar no famoso 14 Bis que, no final das contas, não deixa de ser uma sofisticada pipa com motor;
O que dizem as pipas