A relação da hungria
As relações entre a Rússia e a Hungria se estão desenvolvendo positivamente em todas as áreas. Moscou e Budapeste têm vindo a alargar quer as suas parcerias econômicas quer a sua cooperação na área humanitária
A cooperação humanitária entre os dois países está em aceleração. Um exemplo atual dessa evolução foi a ideia desenvolvida durante o encontro entre Serguei Lavrov e o premiê húngaro Viktor Orban sobre o aumento do número de intercâmbios estudantis. Contudo, a economia continua sendo a base das relações bilaterais entre Moscou e Budapeste e, em primeiro lugar, na área da energia, o que se refletiu na importância que lhe foi dedicada durante as conversações com os parceiros húngaros.
O Presidente da Hungria, Janos Ader, assinou uma lei decretando a expansão da usina nuclear de Paks com a assistência da Rússia. No mês passado, o país assinou um documento com Moscou estabelecendo um empréstimo de € 10 bilhões para a estatal russa Rosatom construir dois novos reatores, com capacidade de produção combinada de 2,2 megawatts, na única usina nuclear da Hungria. A central de Paks, que fica 100 quilômetros ao sul de Budapeste, é um reator de água pressurizada de concepção soviética que fornece mais de um terço da eletricidade do país.
Ader disse que assinou a lei depois de analisar sua constitucionalidade e concordância com a legislação existente. No entanto, a ratificação do acordo em janeiro provocou manifestações contra o abandono do processo de concurso público para fazer as obras, bem como dos critérios ecológicos para expandir a rede de energia nuclear no país.
Apesar desse “acordo”, existe a oposição húngara que saiu às ruas para protestar contra a expansão da central nuclear de Paks. A oposição, reunida sob o nome de Összefogás, ou Colaboração, pretende levar a referendo o acordo assinado entre o governo e a Rússia.
A manifestação, em Budapeste, reuniu cerca de um milhão de pessoas.
O projeto de expansão está orçamentado