A Rela O Simp Tica E A Introdu O Do L Gos
Tanto no mito como na religião, Cassirer identifica uma crença na ‘simpatia pelo todo’, mas também que a simpatia religiosa é diferente da mítica.
No pensamento mítico o homem está em comunhão com a natureza, como se fosse um único organismo. Os ritos garantem a continuidade dos ciclos da natureza e da existência humana. O homem intervem na natureza através de ritos e práticas mágicas. Já no pesamento religioso a natureza passa a ser abordada do ponto de vista racional e não exclusivamente emocional.
Nenhuma religião pôde jamais pensar em cortar, ou sequer afrouxar, os laços entre o homem e a natureza. Mas nas grandes religiões éticas esse laço é feito e apertado em um novo sentido. A ligação simpática que encontramos na magia e na mitologia primitiva não é negada ou destruída.; mas a natureza é agora abordada do ponto de vista racional, em vez do emocional. Se a natureza contém um elemento divino, ele não aparece na abundância da sua vida, mas na simplicidade da sua ordem. (1944, p.165)
Aqui também se pode exemplificar um novo enfoque. Enquanto o mito “explica” suas crenças de uma forma emocional, a religião utiliza o lógos, explica sua crença com base em argumentos racionais. Mesmo aquilo que é “inexplicável” passa a ser argumentado o por que de tal condição. Na verdade o lógos já se faz presente também na relação signo significado, na não identidade entre o representante e o representado.
O pensamento mítico
No pensamento mítico o homem está em comunhão com a natureza, como se fosse um único organismo. Os ritos garantem a continuidade dos ciclos da natureza e da existência humana. O homem intervem na natureza através de ritos e práticas mágicas.Por exemplo, para o pensamento mítico, alguém que possua uma parte do corpo de outra pessoa, como fios de cabelo, saliva, unhas, seu nome etc., adquire poder mágico sobre esse homem. Esse tipo de relação entre a parte e o todo tem um caráter substancial concreto, o que se faz