A regulamentação técnica e a estrutura organizacional para exercício de auditoria
Origem da auditoria externa
A auditoria externa ou auditoria independente surgiu como parte da evolução do sistema capitalista. As empresas eram fechadas e pertenciam a grupos familiares. Com a expansão do mercado e o acirramento da concorrência, houve a necessidade de a empresa ampliar suas instalações fabris e administrativas, investir no desenvolvimento tecnológico e aprimorar os controles e procedimentos internos em geral, principalmente visando à redução de custos e, portanto, tomando mais competitivos seus produtos e serviços no mercado.
Como medida de segurança contra a possibilidade de manipulação de informações, os futuros investidores passaram a exigir que essas demonstrações fossem examinadas por um profissional independente da empresa e de reconhecida capacidade técnica. Esse profissional, que examina as demonstrações contábeis da empresa e emite sua opinião sobre estas, é o auditor externo ou auditor independente.
Desenvolvimento das técnicas de auditoria
Na fase inicial do desenvolvimento das técnicas de auditoria, surgiram muitas dúvidas, principalmente relacionadas com a amplitude dos testes. A principal delas era a seguinte: o auditor externo para dar sua opinião sobre o assunto Auditado teria de examinar todos os documentos?
Caso examinasse todos os documentos, além do alto custo do serviço de auditoria, a opinião do auditor não teria utilidade, devido ao fato de que provavelmente seria emitida com muito atraso.
O auditor externo utiliza o sistema de controle interno da empresa para determinar a amplitude dos testes de auditoria, ou seja, quando o controle interno for bom, o auditor externo faz um menor volume de testes; caso contrário, o auditor externo faz um maior volume de testes.
Evolução da auditoria externa no Brasil
Nas últimas décadas, instalaram-se no Brasil diversas empresas com associações internacionais de auditoria externa.