A REGIÃO DO SERTÃO
Possuindo uma extensa área, que corresponde ao interior do Nordeste, o Sertão abrange aproximadamente em um milhão de quilômetros quadrados e não se apresenta uniforme. Nas regiões aplainadas aparece o criatório feito de maneira extensiva e rudimentar. Os cultivos úmidos onde é possível instalar-se uma agricultura de subsistência muito simples ? as roças ? exclusivamente destinadas à população local. Da mesma forma, aproveitando as terras úmidas deixadas pelos rios que secam quando da época da estiagem, faz-se a agricultura de vazante. De acordo com ANDRADE, sobre a importância da agricultura de passagem para o Sertão afirma.
Ocupava a agricultura pequenas áreas, uma vez que era feita visando ao abastecimento da população de cada "curral", e nos locais mais úmidos, mais favoráveis, onde os solos eram mais espessos, como os leitos dos rios e as lagoas secas; cultivavam também o leito do Rio São Francisco e seus afluentes, à proporção que o baixar das águas deixava descobertas as "praias" e ilhas; eram, portanto, culturas de vazante. (ANDRADE, p.191).
Sendo caracterizado por clima semi-árido e vegetação de caatinga, o Sertão ocupa o espaço mais vasto do interior do Nordeste. De modo geral, acontece com o chamado polígono das Secas, que teve seus perímetros definidos legitimamente e junta nove estados: Alagoas, Bahia, Ceará, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe. Extrapolarando, conseqüentemente, as fronteiras da região Nordeste.
Deste modo, no solo do sertão, em comum pouco compacto, erodido periodicamente pelos córregos esporádicos e dependentes por este clima com suas fortuitas descontinuidades de chuvas, desenvolvem-se tipos de vegetação que consentem aos geógrafos a distinção de três subáreas climato-botânicas: o Agreste, a Caatinga e o Alto Sertão.
O Agreste forma uma faixa de trajetória entre o Nordeste semi-árido e espinhento e o outro Nordeste úmido e verdejante dos canaviais. Existente