A Reforma Protestante e a Contrarreforma Católica
>> Os Antecedentes da Reforma Durante a Idade Média, a Igreja Católica conheceu o período de seu apogeu. Representante da única forma de poder centralizado em meio aos fragmentados poderes local feudal, ela exercia enorme influência na vida da sociedade europeia. Enquanto a maior parte da população tinha vida simples, o clero medieval vivia na ostentação, cercado pelo luxo. Os cargos eclesiásticos podiam ser comprados e representavam poder e renda – obtida por meio dos tributos – àqueles que os adquiriam. Disso resultava o enorme despreparo dos clérigos, que muitas vezes atuavam na esfera religiosa sem nenhuma instrução. A multiplicação das heresias na Baixa Idade Média demostrou a incapacidade do catolicismo em atender às necessidades espirituais e materiais de largos setores da população. A formação das monarquias modernas foi outro fator que colaborou para o nascimento do movimento reformista Igreja Católica, uma vez que o conflito entre o poder temporal, representado pelo papa, constituía um obstáculo ao fortalecimento da autoridade central.
>> A Reforma no contexto da modernidade A Reforma Protestante e a Contrarreforma Católica integraram um conjunto de acontecimentos que marcaram a transição do feudalismo para uma sociedade nos moldes burgueses na Europa ocidental. O termo Protestantismo não designa uma Igreja ou denominação específica, mas o movimento de reforma religiosa iniciando na Alemanha, no século XVI, por Martinho Lutero, que deu origem a diversos grupamentos evangélicos. A expressão Reforma Católica ou Contrarreforma, por sua vez, refere-se ao movimento que pretendeu repensar o catolicismo,