A reforma de martinho lutero
Martinho Lutero (1483-1546) nasceu em Elsieben, na Alemanha. Era filho de um empreiteiro de minas que atingiu certa prosperidade econômica. Influenciado pelo pai, entrou em 1501 na Universidade de Erfurt para estudar Direito, mas seu temperamento inclinava-o para a vida religiosa. Em 1505, após quase ter morrido durante uma violenta tempestade, ingressou na Ordem dos Agostinianos, cumprindo promessa feita a Santa Ana.
Estudioso, metódico e aplicado, Lutero conquistou prestigio intelectual. Em 1508, já era professor da Universidade de Wittenberg.
Em 1510 viajou a Roma, sede da Igreja católica. Regressou profundamente decepcionado com o ambiente de corrupção e avareza em que vivia o alto clero. Nos anos de 1511 a 1513, aprofundou-se nos estudos religiosos até que começaram a amadurecer, em seu espirito, novas idéias teológicas. Nas epístolas de São Paulo, encontrou urna frase que lhe pareceu de importância fundamental:
O justo se salvará pela fé.
Concluiu Lutero que o homem, corrompido em razão do pecado original, só poderia salvar-se pela fé exclusiva em Deus. A fé, e não as obras, seria o único instrumento de salvação, graças à misericórdia divina.
O rompimento de Lutero com a Igreja católica
Em 1517, explodiu o conflito decisivo que provocou o rompimento entre Lutero e a Igreja católica.
Com o objetivo de arrecadar dinheiro para a reconstrução da basílica de São Pedro, o papa Leão X autorizou a concessão de indulgencias (perdão dos pecados) aos fiéis que contribuíssem financeiramente com a Igreja. Escandalizado com essa salvação comprada, Lutero afixou na porta da igreja de Wittenberg um manifesto público - as famosas 95 teses - em que protestava contra a atitude do papa e expunha alguns elementos de sua doutrina religiosa.
Iniciava-se, então, urna longa discussão entre Lutero e as autoridades católicas que terminou com a decretação de sua excomunhão, em 1520. Para demonstrar firmeza e