A reconstrução dos argumentos de bacon contra a escolástica
ESCOLA DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES
CURSO DE FILOSOFIA
LUCAS GIMENEZ DA CRUZ
A RECONSTRUÇÃO DOS ARGUMENTOS DE BACON CONTRA A ESCOLÁSTICA
MARINGÁ
2013
LUCAS GIMENEZ DA CRUZ
A RECONSTRUÇÃO DOS ARGUMENTOS DE BACON CONTRA A ESCOLÁSTICA
Trabalho do terceiro período do Curso de Licenciatura em Filosofia, da Pontifícia Universidade Católica do Paraná, elaborado como forma de preparação para a aula da disciplina de História da Filosofia Moderna I, com o objetivo da formação do aluno.
Solicitado pela Professora: Claudinei Luiz Chitolina.
MARINGÁ
2013
“Vão seria esperar-se grande aumento nas ciências pela superposição ou pelo enxerto do novo sobre o velho. É preciso que se faça uma restauração da empresa a partir do âmago de suas fundações, se não se quiser girar perpetuamente em círculos, com magro e quase desprezível progresso” (BACON, Novum Organum, Aforismo XXXI).
Diante da situação epocal em que se encontrava, Bacon vê a necessidade de uma mudança para que o desenvolvimento científico e social aconteça. Esta mudança se traduz em um novo método de se fazer ciência. Este trabalho tem o objetivo de fazer o leitor refletir sobre o método de Francis Bacon e sua crítica ao método antecessor: o da escolástica. Em contraponto com o método proposto principalmente por Aristóteles, mas que perpassa toda a idade média, Bacon propôs à sociedade um método que contrapunha aquele baseado apenas na lógica racional, desenvolvido pela dedução e, consequentemente, pelo silogismo. Porém, faz isso sem negar sua serventia e bom uso, como podemos ver em seu aforismo XIX:
Só há e só pode haver duas vias para a investigação e para a descoberta da verdade. Uma, que consiste no saltar-se das sensações e das coisas particulares aos axiomas mais gerais e, a seguir, descobrirem-se os axiomas intermediários a partir desses princípios e de sua inamovível verdade. Esta é a que ora se segue. A outra, que recolhe os axiomas