A Reação Contra a Sustentabilidade
O movimento maciço em busca da sustentabilidade por arte de empresas em todo o mundo tem produzido respostas que se concentram principalmente em dois campos. De um lado estão os cínicos, em geral simpatizantes de ideologias de esquerda, que zombam da sustentabilidade, como mera ferramenta de propaganda ou de relações públicas. Os cínicos, em geral, querem que o governo seja mais rigoroso na imposição de comportamentos responsáveis aos negócios, em vez de confiar em que as próprias empresas provam tais mudanças. No outro campo encontram-se os céticos, não raros com inclinações para a direita, que atacam o conceito de empresas sustentáveis, com base no argumento de que não compete aos líderes de negócios envolverem-se com temas ambientais ou sociais.
Os cínicos consideram improvável ou impossível que as empresas nas sociedades capitalistas se disponham a gerenciar-se, voluntariamente, de maneira responsável sob os pontos de vista social e ambiental, afirmam que, como os investidores são soberanos e como Wall Street é o principal árbitro na avaliação das empresas, os líderes e gestores orientarão todas as suas atividades tendo em vista o objetivo de aumentar o valor para os acionistas, não raro em detrimento dos demais stakeholders. Mesmo num mundo em que predominam os interesses de maximização do lucro em curto prazo, as empresas podem agir com responsabilidade social, como geralmente é o caso. Os cínicos afirmam que tais mudanças têm sido apenas marginais e que nem de longe são suficientes para salvar o mundo. Ainda demorará muito para que Wall Street se converta ao Tríplice Resultado. Porém, à medida que os riscos sociais e ambientais se tornam cada vez mais ameaçadores para os resultados financeiros das empresas, Wall Street torna-se cada vez mais sensível a tais imposições. Os cínicos também argumentam que, hoje, os supostos investimentos em iniciativas de sustentabilidade realmente seriam mais em classificados como