A razao na filosofia contemporanea
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Há alguns anos, publiquei aqui um texto de outra autora, que comentava sobre o complexo do povo escolhido. Falava sobre certos grupos espiritualistas ou religiosos que se acham os preferidos de Deus, o que revela completa falta de noção, por parte dessas pessoas, do quanto a espiritualidade é universal, amoral e acolhedora. O povo que mais disseminou esse conceito de povo escolhido foram os hebreus. Os cristãos, posteriormente, surfaram na mesma onda. O primeiro passo para se desvencilhar dessa cegueira espiritual e alcançar um nível melhor de lucidez é entender que a Bíblia ( assim como outros livros religiosos ) trata de um deus cujos valores morais refletem os valores do povo que a escreveu, no caso, os hebreus. O deus bíblico, em especial do antigo testamento, é um deus que pensa como os hebreus pensavam. Se nós nos identificamos com a Bíblia, nós na verdade nos identificamos com o modo como os hebreus pensavam, e com todo o sistema moral deles, ainda que pensemos que estamos identificados com Deus. A lucidez chega quando paramos de acreditar que Deus pensa como nós gostaríamos que ele pensasse. Ora, Deus está infinitamente além dos nossos draminhas morais. Pensa comigo: O Ser que representa o princípio criador de um universo infinito com bilhões de galáxias não deixaria sua mensagem em livros antigos, mal escritos e contraditórios. Ele pode mais, e ele é infinitamente mais que um livro antigo. A imagem abaixo, encontrada por coincidência enquanto este texto vinha sendo redigido, demonstra melhor que, se Deus existe, ele tem mais o que fazer:
Lucidez espiritual e o complexo do povo escolhido