A Ral Brasileira Capitulos 1 A 6
Todas as nações possuem um mito fundante como fonte de solidariedade entre seus “concidadãos”. O povo da hospitalidade, da alegria, do calor humano é o povo brasileiro. Porém, a construção de um mito nacional ou o mito da “brasilidade”, que promovesse a solidariedade entre um povo mestiço em um cenário em que a mistura de raças representava uma barreira insuperável ao progresso da nação, não era algo fácil de se criar. Sendo assim, a ideia moderna de nação está ligada a interesses econômicos e políticos. A noção de nação como um processo social, representa um processo de luta contra ideias rivais.
A autocompreensão é que permite explicar porque existem sociedade mais ou menos justas. Com isso o mito nacional faz parte de um núcleo político do senso comum, mas a brasilidade não é a única forma que temos de definir a concepção de nós mesmo e de outros, existe uma série de fatores que contribuem para isso. Existe uma manipulação da sociedade, na forma como as coisas acontecem, para que a culpa dos pobres seja deles mesmo, e de os ricos serem destinados a essa meritocracia; essa é a forma de se “justificar” a desigualdade social, racial brasileira.
A visão do senso comum influencia uma auto percepção que dificulta uma melhora nos índices sociais. Uma visão crítica é a chave para o processo de crescimento tanto dos indivíduos como das sociedades.
Nas críticas de Jessé Souza, o mesmo racismo existente nas teorias racistas do século XIX que condenavam as nações mestiças pela “impureza” de seu povo, condenavam o Brasil e outras nações culturalmente inferiores por sua condição. Apesar de todos os aspectos pejorativos, a tal brasilidade deve oferecer aos indivíduos alguma característica moral positiva para a sua integração. Daí a visão do brasileiro como mais humano, caloroso, hospitaleiro, entre outros.
No Brasil o autor Roberto DaMatta vem com a teoria do “jeitinho brasileiro”, onde quem tem mais poder aquisitivo, recursos