Você já se sentiu atraído por alguém sem ao menos conhecer a pessoa direito? Já acreditou que ela seria sua parceira pelo resto da vida? Sentiu as pernas bambas, o coração disparado, um delicioso frio na barriga? Esses e outros sintomas da paixão são provocados por reações físicas e químicas que podem - ou não - resultar em uma linda história de amor. Essa sensação tão arrebatadora é sinal de que várias substâncias responsáveis pelo impulso sexual estão em perfeita sintonia. Algumas influenciam diretamente no ato sexual, como os hormônios testosterona (masculino) e estrogênio (feminino). Outras, no entanto, levam-nos a ter aquelas reações mais perceptíveis quando nos encontramos com a nossa “cara-metade”. Segundo o endocrinologista Alfredo Halpern, o sentimento é resultado de um fenômeno psíquico-químico que faz com que o cérebro dispare um arsenal de hormônios e neurotransmissores. “Ocorre o aumento na liberação da adrenalina – que acelera o batimento cardíaco, fazendo o coração disparar –, da noradrenalina – que dá mais energia e aumenta o suor, porém diminui o sono e a fome - e da dopamina – responsável pela dependência que sentimos da pessoa desejada. Há, inclusive, a diminuição na liberação da serotonina, o neurotransmissor que deixa o indivíduo equilibrado. Com sua redução, a pessoa tende a ficar obsessiva e com o pensamento fixo”, explica o médico. A paixão ainda é provocada pelos feromônios, hormônios conhecidos também no mundo animal e relacionados à atração entre machos e fêmeas da mesma espécie. “Trata-se de um tipo de comunicação química, pois, quando exalados, eles podem provocar alterações na fisiologia e no comportamento de determinadas pessoas, despertando o desejo. Essa reação explica por que nos sentimos atraídos por certas pessoas, e não por outras”, comenta o médico.
Contudo, além dos aspectos químicos, há fatores psicológicos que desencadeiam tal sentimento. “Um sorriso, uma roupa sensual e até mesmo um perfume podem despertar