A questão do analfabetismo no brasil
Para muitos educadores, a alfabetização ainda é um mistério. Erros são cometidos em nome do desconhecido. Durante o processo de alfabetização, o aluno dá seus primeiros passos rumo à cidadania.
Para viver e trabalhar na sociedade altamente urbanizada e informatizada do século XXI será necessário um domínio cada vez maior da leitura e da escrita. Este domínio exige um ensino centrado nas relações entre sujeitos sociais e que respeite suas competências, capacidades e habilidades a serem desenvolvidas.
O sucesso na alfabetização exige a transformação da escola em “ambiente alfabetizador”, rico em estímulos que provoquem atos de leitura e escrita, permitam compreender o funcionamento da língua escrita possibilitem a apropriação de seu uso social. E forneçam elementos que desafiam o sujeito a pensar sobre a língua escrita.
O sujeito não alfabetizado não é considerado um cidadão, pois a alfabetização se conecta não só a cidadania por ser um direito de todos, mas também porque quem não escreve não se sente sujeito ativo no mundo, continuamente perde alguns de seus direitos fundamentais como entender o que se passa ao seu meio onde a tecnologia está cada vez mais avançada, e ter consciência de todos os seus direitos como cidadão.
Estar alfabetizado é cada vez mais necessário para se conquistar uma cidadania plena.
Questão do analfabetismo no Brasil “A questão do analfabetismo no Brasil é, antes de tudo, política – mantém um contingente de mão de obra barata, desqualificada, submissa e excluída. Mas há também alguns mal-entendidos sobre a Língua que dificultam o aprendizado, sobretudo para as crianças das classes populares. O aprendizado da leitura e da escrita coloca o aprendiz diante do mesmo desafio que a espécie humana enfrentou ao inventar a escrita.” (Miriam Lemle).
As taxas de analfabetismo de crianças de 7 a 14 anos fora da escola, de repetência e evasão escolar, no Brasil, ainda figuram entre as mais altas do mundo.