A questão das paixões na obra O Emílio ou da Educação (Livro IV)
FACULDADE DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS SOCIAIS – MESTRADO.
FCHA28 TEF – POLÍTICA: ROUSSEAU E A RELIGIÃO
PROF. : GENILDO FERREIRA DA SILVA
ALUNO ESPECIAL: LOURIVAL AUGUSTO DE SANTANA
A questão das paixões na obra O Emílio ou da Educação (Livro IV) de Jean-Jacques Rousseau.
Jean-Jacques Rousseau (Genebra, Suíça, 28 de junho de 1712 - Paris, França, 2 de julho de 1778) em sua obra em epígrafe, ocupa-se da educação do Emílio na faixa de idade de a 15 a 20 anos, considerada “a idade da razão e das paixões”. Essa parte da obra está, por sua vez, subdividida em duas outras partes. Na primeira tem-se a educação do ser moral, e, na segunda, a educação religiosa, ancorada no texto “Profissão de fé do Vigário Saboiano”.
É nessa idade, onde ocorre, conforme o autor, um segundo nascimento, o nascimento das paixões, movido pela opinião e também pelo despertar da sexualidade. Até aqui o Emílio, cuja educação lhe fora oferecida pelo seu preceptor de forma a protegê-lo da influência “das mãos do homem”, que com sua educação “perturba tudo desfigura tudo”, fora uma criança feliz, robusta, auto-suficiente, vivendo em gozo de sua plena liberdade física, em contato com a vida simples do campo, livre dos médicos, afastado da sociedade, longe dos livros, sem idéias religiosas, dominando o medo das coisas, suportando as intempéries do tempo, livre de preconceitos, com poucos conhecimentos, mas que “são seus de verdade”, tendo como único mestre apenas a natureza. Agora ele precisa conviver com a sociedade civil, para que possa completar o seu ciclo de educação como homem, integrando-se “à sua espécie”. Como homem o Emílio, diferentemente da sua vivência até ali, não pode mais viver isolado “não dependendo absolutamente de nada e bastando-se a si próprio (pois vivendo assim ele) só poderia ser miserável” (p. 258).
As noções de moral e civilidade ainda não poderiam ser compreendidas pela criança, o Emílio, à exceção de algumas noções primitivas e