A questão da terra indígena
Vários problemas atingem os povos indígenas, um deles é conseguir que o governo reconheça o seu direito à pose das terras onde vivem. Até o ano de 2001 a Fundação Nacional do Índio – FUNAI tinha reconhecido 586 áreas indígenas, das quais somente 326 estavam demarcadas e homologadas, ou seja, delimitada e reconhecida por lei como terras indígenas.
Nos últimos anos, o tamanho da terra indígena a ser demarcada tem provocado disputas acirradas. De um lado estão às lideranças indígenas e seus aliados de outros empresários, fazendeiros e investidores. No Brasil quando se fala em terra indígena, há que se ter em mente, em primeiro lugar a definição e alguns conceitos jurídicos materializados na Constituição Federal de 1988 e também na legislação especifica em especial no Estatuto do Índio (lei 6.001/73) que está sendo revista pelo Congresso Nacional.
Um argumento muito comum usado nesta disputa é que no Brasil “há muita terra para pouco índio”. A luta dos povos indígenas não tem sido em vão, com a Constituição Federal de 1988, foi dado mais um grande passo importante como sujeito de sua própria historia.
2. O Espaço Indígena no Brasil Pré-Colonial
Quando descoberto pelos portugueses em 1500, estima-se que o atual território do Brasil (a costa oriental da América do Sul), era habitado por dois milhões de indígenas, do norte ao sul. A população ameríndia era repartida em grandes nações indígenas compostas por vários grupos étnicos entre os quais se destacam os grandes grupos tupi-guarani, macro-jê e aruaque. Os primeiros eram subdivididos em guaranis, tupiniquins e tupinambás, entre inúmeros outros. Os tupis se espalhavam do atual Rio Grande do Sul ao Rio Grande do Norte de hoje, sendo "a primeira raça indígena que teve contato com o colonizador e decorrentemente a de maior presença, com influência no mameluco, no mestiço, no luso-brasileiro que nascia e no europeu que se fixava".
Embora a hereditariedade tivesse algum peso, a liderança era um status